domingo, 7 de abril de 2013

O Pequeno Príncipe

O pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry
 

Veio-me a memória recordações de um livro antigo de infância, mas que eu li já adulto, muito conhecido e falado. Deu uma saudade do Pequeno Príncipe, da sua delicadeza de menino, sua sutileza, a forma pura como enxergava o mundo e as pessoas e como ele, com a aquele coração feito de um cristal cristalino achava os adultos tão estranhos...

O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. Pela mão do pequeno príncipe, recupera a meninice abrindo uma brecha no tempo, volta a sentir o perfume de uma estrela, a ouvir a voz de uma flor, a ver o brilho de uma fonte, escutar os guizos das folhas batidas pelo vento. Quebra-se por momentos a crosta que generaliza o outro em todos e torna as coisas comuns e iguais para se descobrir os carneiros dentro das caixas, os elefantes dentro das serpentes. Uma leitura inesquecível para todas as idades.
O que posso dizer do livro é que deveria ser obrigatório para todo mundo ter e ler, e tenho certeza que mais cedo ou mais tarde muitos irão fazer isso. É a típica história de criança que serve para todas as idades. Na verdade é uma história feita para a criança que habita em nós.

A leitura é muito rápida e profunda, não só pelas frases de impacto, mas sim por todo o simbolismo existente no livro, que me fez pensar no quanto o amor é inquietante, no quanto a amizade realmente é importante e mesmo se você tiver no deserto poderá encontrar um amigo.
Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto? Também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tantos milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade desde livro traduzido em oitenta línguas diferentes?


Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O pequeno príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.


E numa época onde o mundo fantástico nos ensina que para fazer a diferença é preciso ter poderes mágicos e força sobrenatural, uma história mostra que para fazer a diferença basta sermos nós mesmos, com nossas inquietudes, medos, sonhos, fraquezas, fragilidades e belezas. Acho que muitos - estão tentando salvar o mundo e esquecendo-se do que está a sua volta, do mundo interior, das pessoas essenciais e importantes de cada dia a dia. Esquecemos de sorrir, de ver as estrelas, esquecemos de simplificar, porque nos ensinaram que o complexo é elegante.


 

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