quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A idiotice

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.
Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

(Por Arnaldo Jabor)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Aos 27 anos

Aos 27 anos: Os fracassos extraordinários

Porque a vida aos 27 não é fácil. O problema é que ali residem as mais infaustas circunstâncias do final da juventude e começo da vida adulta. É a ponte na qual muitos de nós insistimos em olhar para baixo e arredar. Segundo alguns psicólogos, é uma das fases mais difíceis da vida.
Claro que teremos os mais otimistas a dizer que os 27 anos foram a melhor fase de suas vidas. E que não tiveram problema nenhum na passagem da juventude à fase adulta, que tudo correu muito bem, ostentando-a como uma particular era de ouro. Estes eu chamo de sortudos.
O seriado “Friends” foi, por exemplo, elaborado primeiramente para mostrar seis amigos que passariam pelos eventuais conflitos e infortúnios do começo da vida adulta, a partir dos 27 anos. Os produtores David Crane e Marta Kauffman afirmam que queriam salientar o momento da vida em que o futuro parece incerto e nos encara, implacável. E este momento é exatamente a fase na qual as responsabilidades crescem, assim como as exigências. A fase na qual todos ouvem o tic-tac dissoluto do relógio a fim de acompanhar nosso desespero, e desajeito, em colocar tudo nos eixos até os temidos 30.
Aos 27 é quando começa, de fato, a corrida para alcançar o sucesso, uma vez que a esta idade, geralmente, se está preparado para o competitivo mercado de trabalho. Além de, supostamente, ter maturidade o suficiente para assumir um compromisso que leva à obviedade e regra da vida: família e filhos. E ai de nós se chegarmos aos 30 sem tais resultados.
E é por essa pressão que começa por volta dos 27 anos – de tomar decisões, ir de encontro a desafios, dar a cara (e, por vezes, a dignidade) à tapa – é que muitos acabam fracassando. É também pelo excesso de confiança que faz acreditar que se tem e que se é. Aos 27, somos jovens o suficiente para agüentar o mundo inteiro nas costas. E velhos demais para não aceitar a responsabilidade desse peso. O fracasso mora dentro desses pensamentos.

Logo, o problema que ronda os 27 é a vida. A vida que atrasa em nos ensinar como devemos fracassar numa fase em que o fracasso é quase uma regra. E o que é pior, é a vida que jamais nos ensina como devemos nos levantar de uma queda. Para aprender isso teremos que tropeçar e cair. E cair de novo e de novo e mais uma vez até que a nossa queda permita-nos levantar de modo teatral. E, cá entre nós, ninguém levanta de modo teatral aos 27. Nem com um pouco mais de entusiasmo. Aos 27 se cai de modo teatral, nada mais.