quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
A LINHA E O LINHO
“É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor...”
Gilberto Gil
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor...”
Gilberto Gil
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Sombras de mim
Existir ou Perecer?
Tantas e tantas vezes existe um dor sem nome que
nos corrói e nos leva ao mais profundo dos poços, o poço do desespero,
da saudade, das lembranças de um tempo perdido onde não há mais o que
pensávamos existir, onde existe apenas sombras de um passado distante.
Muitos
dizem que das sombras podem surgir algo, que delas podemos nos
levantar, seguir adiante, nos guiarmos em um mundo de escuridão apenas
com nossa luz interior, seguirmos tropegamente por caminhos tortuosos,
caminhos nunca antes percorridos, que podemos caminhar mesmo estando
feridos, sangrando profusamente. Realmente podemos?
Realmente
podemos caminhar em um mundo onde tudo desmorona e somos parte desse
mundo decadente, não o mundo exterior que caí, mas sim o interior, um
mundo construído com tantos sacrifícios, perdas, dores sem nome,
ferimentos e cicatrizes que nem mesmo nos lembramos à causa devida a dor
sofrida, que nos traumatiza de tal forma que nos obriga a esquecer.
O
passado não deixa de existir, não deixa de nos rondar, como antigos
fantasmas. Sempre rondando com suas correntes amaldiçoadas, perseguindo
seus carrascos que os tentam trancar em escuros porões da memória, que a
cada instante tentam apagar seus corpos insanos e descabidos de uma
força desconhecida e poderosa a qual damos o nome de passado, de ontem.
Como
cúmplice nas noites sombrias e frias, nas quais somos atormentados
pelos fantasmas do passado, em suas raias surgem outros fantasmas, ainda
mais espectrais e difusos, o futuro, o amanhã.
Sendo
ainda mais assustador, pois por mais terríveis que sejam os tormentos
do passado, os conhecemos, conhecemos seus barulhos, suas feridas, suas
formas, seus sangramentos. E o futuro? Como saber as suas formas? Seus
ferimentos? Suas dores? Existe uma forma de nomear um ser sem nome? Uma
mera miragem nas sombras da noite?
Sofrer
por algo que nem mesmo veio atormentar-se por feridas que nem mesmo
aconteceram. Qual dos fantasmas é o pior? O do passado ou o do futuro?
Não
há palavras para descrever o quão vasto é o medo, as sensações nas
noites escuras. O insano torpor dos híbridos tormentos humanos. Dessa
vastidão que assusta exatamente por não se poder ver os limites, os
limites dessa planície, totalmente desprotegido, açoitado pelos ventos,
pelos doces ramos da brisa.
O vazio continua
crescendo, continua ganhando seus espaço. Um buraco negro pode engolir a
si mesmo? Tragar sua própria existência? Talvez nos portais do tempo o
maior dos segredos seja tragar a si mesmo para o vazio do nada. Para o
esquecimento eterno, e talvez seja simplesmente lembrar-se, lembrar-se
de todos os momentos pequenos que nem ao menos nos damos conta de sua
grande importância. Permanecermos eternamente presos em pequenos hiatos
de boas memórias.
Um dia ainda poderei
responder a essas perguntas. Mas agora apenas posso fazer as perguntas e
quem sabe as perguntas certas possam me levar aos caminhos certos, a
uma jornada que mesmo não obtendo as respostas posso obter o
aprendizado, posso obter a mim mesmo.
Mesmo depois de todas as noites em claro
Mesmo depois de encontrar...
Chorar
Soluçar
Cantar aos céus
Mesmo depois de sorrir
Colorir os fantasmas
Descobrir as verdades
Ainda assim...
Depois de tudo
Nada vejo
Nada desejo
Nada sei
Por dias
Por anos
Sentei-me nos bancos da dor
Caminhei sobre as pedras do sofrimento
Naveguei nas águas do esquecimento
Sob a barca da solidão
Os ventos sopram a brisa da paixão
Os pássaros voam sob a força da vida
As raízes espalham-se pelas lembranças remotas
Existe mesmo o infinito?
O sonhar vibrante
A realidade tocável
O simples olhar do amor?
O beijar dos suaves acordes
O luzir de vozes míticas
O dançar sedutor da melodia
Olhar profundo
Sombrio...
Tangível...
Perturbador dos Mortais
Quem são estes seres
Vestidos com o fino manto da inocência
Trazendo o intocável véu da verdade
Banhado nas sombras da incerteza
Trajando o ego perturbado
O cingir da lâmina da mentira
Na lâmina do corpo
Aqui estou...
Para que trazem a mim
Este véu?
Não sabem que ao tocar meu pútrido ser
Definhará sob o olhar do arrependimento?
Um dia talvez...
Os elos se quebrem
A voz se desfaça
As correntes definhem
Um dia...
Neste dia tudo o que sobrará
Será apenas o
EU
O verdadeiro senhor
O verdadeiro deus
O verdadeiro Universo
Medo.
Acho
que é essa a palavra exata neste momento. tenho medo. de que? não sei
ao certo, de ser feliz, talvez.. ou talvez seja apenas insegurança. não
sei. Eu queria acreditar, queria confiar, fechar meus olhos e ser
levada. eu tento, mas tá difícil. mesmo.
De fato,
Sou
uma metamorfose ambulante. Sim, todos os dias me surpreendo com as
mudanças, minhas mudanças, coisas que nunca me imaginei fazendo,
falando, pensando. O ontem me parece tão precário, falta pedaços, que
hoje estão preenchidos, assim como me faltam pedaços hoje, que amanhã
pode ser que se preencham, ou não. São pessoas, lugares, que antes eram
inimagináveis , que fazem parte do que sou, do que penso, do que sinto,
do que me tornei. Algumas vezes foi agradável, outras mais feliz, em
outras doeu, muito, mas é isso que compõe o que chamamos de vida, a
mistura de momentos e sentimentos num só lugar, ali onde ninguém chega, e
que nunca poder ser esquecido.
Eu sei como é se segurar ,
É
deixar para chorar só quando ligar o chuveiro, assim ninguém percebe.
Eu sei como é refletir sobre a vida antes de dormir e se certificar de
que ninguém está ouvindo para começar a soluçar. Eu sei como é sofrer
tão dolorosamente que as vezes você precisa fingir que vai ao banheiro,
ou beber água, apenas para lavar o rosto e se recompor. Eu sei como é
ter os olhos úmidos e aquele medo de que não seja forte o suficiente
para segurar as lágrimas quando está em público. Eu sei como é sentir
aquele nó enorme na garganta, que se sufoca, até que você cede e chora.
Eu sei como é sentar na cama, pegar o travesseiro e chorar tanto, mas
tanto, que se surpreende com o rio que terá que esconder da sua família.
Acredite, eu sei como é tudo isso.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Garotas Suecas "Não se perca por aí"
Não se perca por aí
Quando um
dia você acordar
Com aquela dor no peito você vai lembrar de mim
Não leia um poema, não vá ao cinema
Baby, baby não se perca por aí...
E se um dia eu também me levantar
Querendo ouvir Roberto eu sei que vou me acostumar
E você também irá...
Quando um dia qualquer por azar
Você vira uma esquina e me encontra por ai
Não vale a pena fazer uma cena
Baby, baby não se perca por aí
E se um dia eu também te encontrar
Vou mudar de calçada, vou sorrir e disfarçar
E você também irá...
Quando um dia você acordar
Com aquela dor no peito você vai lembrar de mim...
Com aquela dor no peito você vai lembrar de mim
Não leia um poema, não vá ao cinema
Baby, baby não se perca por aí...
E se um dia eu também me levantar
Querendo ouvir Roberto eu sei que vou me acostumar
E você também irá...
Quando um dia qualquer por azar
Você vira uma esquina e me encontra por ai
Não vale a pena fazer uma cena
Baby, baby não se perca por aí
E se um dia eu também te encontrar
Vou mudar de calçada, vou sorrir e disfarçar
E você também irá...
Quando um dia você acordar
Com aquela dor no peito você vai lembrar de mim...
domingo, 13 de janeiro de 2013
Saudade
“Saudade
palavra doce que traduz tanto amargor!
Saudade
é como se fosse espinho cheirando a flor.
Um longo
olhar que se lança numa carta ou numa flor.
Saudade
– irmã da esperança
Saudade
– filha do amor...”
“Uma
palavra tão breve, mas tão longe de sentir que há tanta gente que a escreve sem
a saber traduzir...
Gosto
amargo de infelizes foi como a chamou Garret, coração, calado dizes num suspiro
o que ela é...
A alma
gela-se de tédio enchem-se os olhos de ardor...
Saudade
– dor que é remédio. Remédio que aumenta a dor...”
“A
felicidade que faz muito barulho importuna os desgraçados.”
“Como é
duro tirar da cabeça o que está no coração!”
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